Podemos afirmar que a pandemia castigou muitos profissionais e, justamente por isso, muitos de nós passaram a dar mais valor à saúde, inclusive no ambiente de trabalho.

Tenho observado que vários empresários enxergaram o quanto é necessário proteger a saúde mental de seus funcionários. Já é um número significativo que está ciente sobre o risco da exaustão no trabalho: altamente prejudicial à produtividade das equipes.

Ao redor do mundo, vimos a Nike, o LinkedIn e o Bumble darem aos seus colaboradores uma semana de folga para poderem se recuperar das pressões da pandemia. Vimos também o CitiGroup ofereceu aos seus times “sextas-feiras sem zoom”.

A PriceWaterHouseCooper e a Deloitte autorizaram suas equipes escolherem quando, onde e como trabalhar, enquanto o Shopify deu folga aos funcionários, às sextas-feiras durante o verão.

Foi contagiante a gratidão desses funcionários, alcançando gestores do mundo todo. Nenhum pode negar que a pandemia gerou muitos traumas.  

Seria muito interessante ver empresas também no Brasil oferecendo essa oportunidade de recuperação às suas equipes, não é mesmo?

De acordo com sociólogos e especialistas em gestão, é importante incentivar a conscientização nas empresas sobre o esgotamento provocado pela pandemia.

Acredito que o Burnout Break – a pausa para o esgotamento –, sejam folgas com duração de dois dias ou uma semana, assim como turnos de trabalhos mais curtos, é uma ótima saída e pode se tornará uma tendência também por aqui.

Todos nós sabemos que o estresse é uma bomba-relógio que pode causar muitos danos. E buscar estratégias para reverter essa situação é possível até mesmo nas empresas de pequeno e médio porte.

Como identificar a Síndrome de Burnout em funcionários ou colegas de trabalho?

São grandes os problemas gerados pela Síndrome de Burnout, caracterizada pelos sentimentos de exaustão e incapacidade diante do trabalho.

Ficar cansado após uma semana intensa de trabalho não costuma ser preocupante. Mas o esgotamento originado por trabalho intenso e incessante, durante meses seguidos ou um ano inteiro, merece atenção.

São os sintomas da Síndrome de Burnout: exaustão, insônia, insegurança incapacitante, desânimo extremo. Todos causados por excesso de trabalho e estresse por um longo período.

Na pandemia, muitos trabalhadores viveram uma maratona em que foram forçados ao limite e tiveram que se adaptar a mudanças contínuas. Tudo isso exigiu muito esforço e energia mental.

O que vale a pena fazer para reverter ou evitar o esgotamento?

Ajudar os funcionários a se recuperarem do trauma da pandemia é mais que altruísmo, é uma iniciativa para ajudar o futuro dos negócios. Trabalhadores estressados impactam toda a equipe.

Sabemos que a maioria dos trabalhadores trabalha de forma colaborativa e depende da saúde emocional dos colegas para dar continuidade aos seus projetos e gerar bons resultados.

Sendo assim, oferecer a oportunidade de descanso aos funcionários é importante e, na minha opinião, é uma forma ainda mais valiosa de agradecer que a premiação financeira.

Mas vale registrar que folgas ou férias extras não seriam a única resposta para os trabalhadores cansados ​​e/ou traumatizados.

Existem outras formas de combater o esgotamento, entre elas: proporcionar um ambiente de trabalho agradável, com muita liberdade, onde seja permitido até mesmo confraternizações (happy hour) durante a semana, dentro da empresa.

Antes de finalizar esse texto, gostaria de alertar que fazer uma pausa em um ambiente estressante produz resultados imediatos. Aliás, os gestores devem enxergar situações eminentes de esgotamento antes que elas se transformem em crises.

Ações preventivas são muito positivas na rotina de quem tem um trabalho intenso ou exaustivo. No futuro próximo, as empresas que não se preocuparem com os seus colaboradores – e não evitarem funcionários sobrecarregados – terão imagem negativa no mercado.

É principalmente para combater o estresse que considero tão interessante oferecer aos colaboradores um formato de trabalho flexível. Essa flexibilidade – confiar e oferecer liberdade – traz muitos benefícios, além de evitar possíveis esgotamentos.

Aliás, considero que faria toda a diferença para quem esteve exclusivamente em regime de trabalho remoto, ter a oportunidade de trabalhar em regime híbrido – revezar home office e presencial.

Aproveito então para acrescentar que a rotina híbrida, que é muito revitalizante e desejada por vários profissionais, torna-se ainda mais viável com as soluções da VOCOM.

Você já conhece nossas ferramentas? Elas permitem um acesso diferenciado a estrutura de revezamento entre o trabalho remoto e o presencial, contribuindo até mesmo para eliminar o estresse no ambiente de trabalho.

Emerson Carrijo
CEO Vocom Brasil Group
VP Sales MyHive

• 18 anos de experiência em tecnologia de comunicação
• 12 gestão de vendas e financeira
• Investidor, empreendedor. Acredito que quem realmente quer, consegue.
• Especialista em expansão e capilarização empresarial na América Latina e Ásia.
• Acesse o linkedin de Emerson Carrijo